sexta-feira, janeiro 27, 2006

Estrutura da Frequência

I Grupo

Constituído por três perguntas de resposta directa e sucinta. Os alunos têm apenas de responder a duas das questões

II Grupo

Constituído por dois temas para desenvolver. Os alunos têm apenas de responder a uma das questões.

III Grupo

Pequena dissertação sobre um texto proposto.

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Para um estudo mais aprofundado dos autores consultar:

Biblioteca do ISCSP:


AUTOR:
PRÉLOT, Marcel
TÍTULO:
As doutrinas políticas / Marcel Prélot
PUBLICAÇÃO:
Lisboa : Presença, 1973-1974
DESC. FÍSICA:
4 vol. (314, 310, 380, 261 p.)
DESCRITORES:
Doutrinas políticas



COTA:
12946//v01 SL BISCSP

12946//v02 SL BISCSP

12946//v03 SL BISCSP

12946//v04 SL BISCSP


HISTÓRIA DAS IDEIAS POLÍTICAS

TÍTULO:
História das ideias políticas / direcção de Jean Touchard
PUBLICAÇÃO:
Lisboa : Europa-América, 1970
DESC. FÍSICA:
7 vol. : il.
DESCRITORES:
Ciência política / Pensamento político -- história
CDU:
32(091)



COTA:
11121//v01 SL BISCSP

11121//v02 SL BISCSP

11121//v03 SL BISCSP

11121//v04 SL BISCSP

11121//v05 SL BISCSP

11121//v06 SL BISCSP

11121//v07 SL BISCSP
Existem edições recentes destas obras à venda nas livrarias.

Aula 22 - 16-01-2006

São Tomás de Aquino (1226-1274)

1. Contexto histórico:
- A reunião das condições que propiciam o advento do Renascimento: cidades, comércio (moeda, letras de câmbio), universidades, reinos, Escolástica
- o papel dos muçulmanos (Averróis, Avicenas) e do Judeu Maimónides, depositários das obras dos Clássicos, entretanto perdidas na Europa, após queda do Império Romano do Ocidente
- Respublica Christiana
- Sacro Império Romano-Germânico, sucessor do Império Carolíngio

2. Obras:
Summa Teológica
De RegnoComentários à Política de Aristóteles (pensamento tomista plagia este autor)

3.Regresso da política:
- a sociedade política/reino/civitas como a organização humana de cúpula e a mais importante, à qual todas as outras fazem referência
- a ciência mais importante - ciência arquitectónica - porque se refere ao objecto mais elevado e perfeito, é a política, ciência prática por excelência
- o papel da razão na sua feitura (por contraposição à política como pecado em Santo Agostinho)

3.1. Origem do poder:
- poder em abstracto: Deus- poder em concreto: vem da natureza humana (o exemplo Bíblico, que é a transferência do poder de Deus para os homens, para os cidadãos, que depois deverão legitimar o poder político)
- oposição ao tirano, que usurpa o poder. Quem comanda, depende do comandadoEstes argumentos constituem a fundamentação do movimento monarcómaco, que advogava a deposição, e mesmo o assassínio, dos reis que se transformassem em tiranos. Terá continuidade em Locke.

4.Elementos da civitas:
- elemento voluntário: o consentimento dos membros - implicações da noção para o poder político
- elemento natural: a natural inclinação do homem para viver em sociedade (o homem como animal naturalmente "civile", cívico); a ideia de que o homem não existe sem a sua comunidade, lugar de onde decorre a sua perfeição; a noção de pessoa humana (decorre da sua relação individual com Deus), com origem nos Estoicos; os perigos do individualismo moderno, sem referência a valores orientadores

5. Consequências:
- a civitas como unidade de ordem e não como unidade substancial
- unidade de ordem: a civitas engloba o cidadão, sem o absorver; a necessidade de existência de corpos intermediários entre o Estado e o cidadão (as autarquias, os municípios, as regiões) porque cada um deles tem fins particulares, nos quais o Estado apenas deve interferir caso eles não consigam atingir os fins particulares a que se propõem
- princípio da subsidiariedade (base da União Europeia)
- unidade na diversidade: o todo é mais do que a soma das partes

6.Fins da civitas, entidade com objectivos maiores- a auto-suficiência, que a torna numa sociedade perfeita
- o bem viver: suficiência dos bens corporais; viver segundo a virtude
- bem comum: ordem e justiça (referência a valores morais: bem, paz)

7. Posteridade:- Doutrina Social da Igreja Católica- princípio da subsidiariedade

Aula 21 - 11-01-2006

Santo Agostinho (354-430)

1.Pensamento Político Medieval
- Feudalismo
-Patrimonialismo

Contexto:
- invasão e pilhagem de Roma pelo chefe visigodo Alarico em 410, leitmotiv da redação da obra "De civitate dei" (escrita entre 413 e 426)
- Agostinho era cidadão do Império Romano, da província da Numídia, no norte de África- filho de pai pagão e mãe cristã, leva uma vida dissoluta até se converter aos 34 anos em Milão- adere à seita persa dos maniqueístas

2. Pensamento:
- cristianização da teoria das ideias de Platão e da concepção estóica do cosmos- concepção providencialista da história, com seis idades: de Adão ao Dilúvio; do Dilúvio a Abraão; de Abraão a David; de David à deportação na Babilónia; daí até ao nascimento de Cristo; daqui à chegada do sétimo dia
- as duas cidades, a de Deus e a do diabo
- a origem diabólica e punitiva da política
- três funções do poder político: mandar (pode degenerar pela paixão do comando); providenciar pelos subordinados; aconselhar (quem manda é conselheiro do povo)
- fins do poder político: justiça e paz- retoma da noção de povo em Cícero: "multidão de seres associados pela participação harmoniosa em torno daquilo que amam"
3.Posteridade:
- maniqueísmo: os seus reflexos na ordem internacional
- a noção de "pecado original": Santo Agostinho é um dos grandes pais da Igreja Católica
- Protestantismo: Lutero é um frade agostiniano, influenciado pela noção de culpa

Ideias- Chave:

Feudalismo
Patrimonialismo
cidade de deus / cidade do diabo
Maniqueísmo
Providencialismo
Origem diabólica do Poder Político

Aula 20 - 9-01-2006

Max Weber (1864-1920)

- O importante contributo de Max Weber para o desenvolvimento da Ciência Política

- O poder em geral e o Poder Político:
— As questões terminológicas. O carácter pluri-significativo da expressão poder.
— As antinomias potestas/potentia, puissance/pouvoir, potere/potenze.
— A distinção de Max Weber entre Macht (o poder puro e simples) e Herrschaft (a pretensão de legitimidade apelando à crença em algo de diferente da mera força). A conversão de uma acção comunitária amorfa numa acção racional, pela existência de uma estrutura complexa de práticas materiais e simbólicas destinadas à produção do consenso (Weber).

- O Estado: monopólio da força física legítima dentro de um determinado território.
- O Problema da efectividade e da legitimidade do Poder Político

Legitimidade
— A classificação weberiana. A legitimidade tradicional, a legitimidade carismática, a legitimidade racional-normativa e a legitimidade racional-axiológica.
- O Poder pessoal e impessoal
- O Poder ordinário e extraordinário

- Teoria Weberiana do Estado Burocrático

Ideias- chave:

Macht / Herrschaft
Legitimidade
legitimidade tradicional
legitimidade carismática
legitimidade racional-normativa
Estado Burocrático

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Aula 19 - 14-12-2005

As Origens da Ciência Política Contemporânea (Terceira Fase)

Disponíveis para download as fichas de exposição desta aula.

- Do estudo do poder em geral ao estudo do political power e do process of making decisions, considerado como um political system (David Easton).A ideia de sistema político
— Origens da ideia de sistema. As teses de Lewis H. Morgan. A teoria dos sistemas gerais de Ludwig von Bertalanffy.
— O neo-empirismo anglo-saxónico como cruzamento dos movimentos funcionalistas e sistémicos, assente nos caboucos do utilitarismo, do pragmatismo e do positivismo. As origens: John Dewey, William James e C.S. Pierce. O behaviorismo ou comportamentalismo.
— O funcionalismo. As origens sociológicas (Spencer e Durkheim) e antropológicas (Malinowski e Radcliffe-Brown, com a análise funcional-estrutural). Charles Merriam e o Commitee on Political Research (1923). O papel de Harold D. Lasswell. Robert King Merton e Social Theory and Social Structure, 1957.
— Distinção entre funções e disfunções.
— Distinção entre sistema aberto e sistema fechado.
— A perspectiva de Talcott Parsons. Da ideia de sistema social.
— A teoria da nova cibernética. Norbert Wiener e W.R. Ashby.
— O modelo clássico de David Easton em A Framework for Political Analysis, de 1965.
— O modelo de Karl Deutsch, em The Nerves of Government, 1963.
— A tipologia das funções sistémicas, segundo Gabriel Almond.

Aula 18 - 12-12-2005

Aristóteles

- A política como arte de governar homens livres

- Platão - idealismo / Aristóteles - experimentalismo

- Cada coisa tem a sua natureza. Anthropos physei politikon zoon.

- Tipologias de agrupamentos humanos:
homem/mulher: multiplicação da espécie;
oikos (casa): despote (dono da casa), sobrevivência;
aldeia: conjunto de casas;
polis: a criação da figura do "príncipe" para deixarmos de ter um dono; o "eu zein" (bem viver)

- A criação da noção de cidadania: participação nas decisões; direito de governar e ser governado. A necessidade de tempo para participar na polis.O homem como ser dotado de "logos"

- Dimensões óptimas da polis: pequena, para permitir participação; grande, para permitir a auto-suficiência

- Classificação das formas de poder (critério quantitativo e qualitativo):
um só: basileus (regime são) ou tirania (forma degenerada)
poucos: aristocracia (regime são) ou oligarquia (forma degenerada)
muitos: politie (regime são) ou democracia (forma degenerada)